CASTELO ONDE TE SONHO POESIA

CASTELO ONDE TE SONHO POESIA

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Amor Eterno



“O verdadeiro amor é como a saúde perfeita;

o seu valor raramente é reconhecido

até que seja perdido.” (desconhecido)



Amor de ontem, hoje, amor eterno...


Pé ante pé, chegaste de mansinho

entraste,fiquei preso nesse sorriso

estrelas bailavam no olhar tão belo


Onde, no jardim da minha infância

sonhei a vida e a vida me concedeu

a suavidade, perfeita na fragrância

do amor excelso, celebrado no céu.


Ficaste, estou preso no teu sorriso

estrelas bailam sob o véu, tão belo

a dança do amor sonhado, no céu.


Amor de ontem, hoje, amor eterno...



Pj








terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Médicos? - "Só atrapalham..."




O caso "Esmeralda" continua, infelizmente, a chocar os portugueses em geral e a mim também.
Hoje estava a ler um artigo de opinião do jornal de notícias e o jornalista, João Miguel Tavares fez-me pensar, mais uma vez no "superior interesse da criança" seja lá o que isso for nesta caso particular.

Normalmente não trago para este espaço estes assuntos fracturantes, mas ás vezes vale a pena pensar um pouco. Qual a "qualidade" dos executantes da nossa "justiça"?- vejam o artigo, por favor.



"PARA QUÊ UM PSIQUIATRA QUANDO SE TEM UM JUIZ?



João Miguel Tavares
Jornalista - jmtavares@dn.pt

Esqueçam por um momento Baltazar e o sargento Luís Gomes, mais as razões que assistem a cada um. Todos sabemos que o caso Esmeralda é uma espécie de conflito israelo-palestiniano dos afectos: não há soluções fáceis e no fim todos acabarão por sofrer. Concentremo-nos, pois, na questão fundamental, que tendo em conta o já famoso "interesse superior da criança" só pode ser esta: como se encontra Esmeralda neste momento? Com quem deve ela ficar a bem do seu equilíbrio emocional? E ainda antes disso: quem tem competência para decidir sobre o estado psicológico de uma menina de seis anos?


Segundo o Tribunal de Torres Novas, a competência para decidir sobre o estado psicológico de Esmeralda recai na juíza Mariana Caetano. A juíza, para fundamentar a sua decisão de entrega definitiva ao pai biológico, explicou que Esmeralda está "bem, alegre e não evidencia qualquer sinal de ansiedade" na companhia de Baltazar. A juíza acrescentou que a menina está determinada a ser reconhecida pelo nome de Esmeralda (em vez de Ana Filipa, como é tratada pelo casal Gomes), adiantando que ela "já escreve o nome em desenhos que elabora e até pediu na escola que a tratassem por Esmeralda". Ora é isto que me assusta. Há uma juíza deste país que me quer fazer crer que uma criança de seis anos possa sentir como naturalíssima a mudança súbita de família e de nome próprio. E, já agora, até sentir um certo regozijo nisso.



É possível que tal aconteça? Se calhar até é. Duvido é que a senhora juíza tenha competência para o avaliar. Afinal, onde é que estão os médicos no meio de tudo isto? Até Maio de 2008 a criança estava a ser acompanhada pela equipa de pedopsiquiatras do Hospital de Coimbra, que se opôs à entrega rápida da menina, por poder pôr em causa o seu equilíbrio emocional. O pai biológico acusou a equipa de falta de isenção e Esmeralda passou a ser acompanhada no Hospital de Santarém.


A equipa deste hospital, por sua vez, referiu há apenas três semanas que existia "risco de aparecimento de sintomatologia depressiva", devido à "exacerbação da ameaça da perda das figuras que considera ser seus verdadeiros pais", e por a menina atribuir a Baltazar apenas "um papel lúdico".


Mas, na hora de decidir, nada disto foi tido em conta, certamente porque os senhores doutores estavam com dificuldade em perceber esta verdade básica: o superior interesse da criança(? -ou) e o superior interesse dos tribunais são um só.


A juíza escutou as técnicas de reinserção social e viu com os seus próprios olhos como a criança anda feliz com o pai biológico. Isso, pelos vistos, chegou. Os pedopsiquiatras bem podem protestar. Se o tribunal decidiu que Esmeralda deve ficar com Baltazar, então é evidente que Esmeralda quer muito ficar com Baltazar. Médicos? Só atrapalham".


Como diria o saudoso Fernando Pessa: - E esta en..?