MORRER POR TI
Hei-de
inventar a melhor maneira de morrer por ti”.
Hei-de
subir o Evereste que não esquece o teu nomeHei-de estar no cume eternizando a saudade
E serei necrópole de vida em boreal l`atitude
Que nenhum deus invente a tua morte
Que nenhuma brisa difame a tua sorte
Que nem as mágoas-de-ontem sejam hoje
Que eu seja o escudo a espada e o teu forte
Na pátria do esquecimento de quem ama
Dilema setentrional onde habita a vontade
É a vertigem da certeza de morrer por ti
Nas estepes onde corre o vento e a liberdade
Corro para te encontrar - para te ver feliz
Se o mundo ruir em apocalípticas profecias
Se a glória fútil cortar as línguas viperinas
E corpos endeusados sucumbirem frágeis
Nas passerelles das vaidades doentias
Serei quem te guarda - a estrela que te guia
Não serei o teu livro de inibições literárias
Não serei um prefácio de frias gratidões
Nem serei capa dura de anseios gramaticais
Serei aquele que te ama de sentimentos leais
Na cadência viva dos teus dias - na vida vivida aqui
Quero-me teu no êxtase do amor perfeito
Ressurgindo “dan La Petite Mort” - vivificado! Hei-de de morrer em Ti!
Hei-de
Inventar – Poema de PjConde-Paulino