A tempo: fomos crianças, sob a oliveira, onde a inocência se abrigou.
O lápis nunca se cansou; rabiscou: os números dos dias que vivemos;
e a alma: habitante do corpo que amamos!
Desenho o dedo da tua mão no meu nariz - com a matriz:
- Cavalgando os póneis-cadeira, à volta da mesa feliz!...
Depois, depois traço a tua ausência, na cidade grande.
E sou tolhido; pelo medo de te perder e ser vencido!
A ponta do lápis partiu-se, antes de te encontrar, adolescente.
Eras
longe, no mundo-novo - além do rio, além do vento!
A navalha afiada
amolou a argúcia, para te encontrar e amar.E o lápis do Pintor...voltou a desenhar, sobre a folha do tempo.
Esboçou a memória - os encontros e reencontros da nossa História.
Não, não
tracei a vida com perfeição; desenho-te: menina-emoção;
Menina-Mulher;
poesia do pretérito-perfeito!Vida-encantada - o sonho eleito, do meu ser tão imperfeito...
E esta vontade: pintar-te na tela do Amor- Sem-Idade!
És o meu
poema-natural, a minha chuva e o meu sol!
Vida-do-meu-Ser:
na pureza do crisol, na arte de saber-viver! Assim, na memória da Vida-Real : o sonho precisou de acontecer.