A Crise e os nossos "Amores".

****A Crise e os nossos “Amores”.****

Os ultímos meses tinham sido muito díficeis para ele.

Empresário associado da empresa há mais de duas décadas, estava a passar por dificuldades tremendas, jamais vividas em toda a sua vida. Tudo isso refletiasse no aspecto pessoal e familiar.

Algumas noites estavam a ser dolorosas; não conseguia adormecer com os pensamentos em catadupa. Todos, nalgum momento, já passámos por isso:tentamos, insistimos e não conseguimos encontrar o interruptor, para desligar a mente e adormecermos apaziguando o sentimento de incerteza.

Naquela manhã, como sempre, foi levar o filhote” à escola. A presença do filho fazia-lhe tão bem. O menino,tagarela, com as suas conversas animadas, faziam-no esquecer as preocupações que tanto mau estar provocavam.

Parou o carro junto do portão do estabelecimento de ensino. O pai saiu também do carro. Quando o menino ia para entrar, voltou para traz, abraçou o pai e disse-lhe com uma lágrima a pintar o seu rosto bonito:”Pai, hoje quero ir trabalhar contigo.”continuando a abraçar o seu progenitor.

No seu intímo de criança soube, mesmo sem o pai falar que algo de preocupante se passava.
O empresário percebeu o que o “filhote” lhe queria dizer. As lágrimas, rebeldes, também escorreram pelo seu rosto. O menino não sabendo como ajudar o seu pai para alegrá-lo pensou que essa seria uma forma de ajudar o coração triste do seu papá.

Que bela expressão de amor. Quem nos ama e nos conhece mesmo sem palavras, está sempre pronto a ajudar. Porque nos ama. Que diferença fez aquele lindo gesto do filho. Nesse dia o sol brilhou muito mais eficaz. O Sol da esperança. O Sol da alegria. O Sol do ânimo ficou mais constante e real. O Sol do Amor genuíno, faz toda a diferença.

Quando acharmos – e é verdade – que a vida é feita de incertezas e que o desespero é nosso vizinho, devemos ficar com uma certeza reconfortante: Podemos e devemos contar sempre com quem nos ama. - Deus, Família e Amigos.