Memórias do Alentejo
Quem pode desfrutar da compensação de olhar o horizonte no cume do monte, sem ter um objectivo prático, senão o poeta?
Ele sabe que é único no seu sonho, naquele lugar sem igual arquitectado por Deus, no atelier da nobreza de carácter entre pinheiros, na fronteira do Chaparral, salpicando a Planície no horizonte saudoso da memória.
**** **** **** **** **** **** **** **** ****
“Avez – vous quelquefois, calme et silencieux,
Monté sur la montagne en présence des cieux? “
De mão dada com a memória, eu sou
senhor de mil ninhos de esperança ...
Olho o voo cadenciado do pintassilgo
perdido entre sorrisos na gargalhada
andorinha de vestido, preto e branco
faz no beiral vermelho, a sua morada.
Pé-ante-pé, quase em silêncio,escuto
filhotes de perdiz na moita em frente
sinfonia,alegria;no cimo do salgueiro
sou senhor de mil ninhos, doravante.
A fisga...que “pinta" de arma no bolso
orgulho de quem sabe viver no campo
sou caçador, entre quimeras vivo solto
qual criança,como águia estou voando.
Ser criança, é ser livre, feliz no ensejo
ontem, hoje, amanhã; que sonho terno
vou ver-vos, meus amigos d`além Tejo
aqui o mar dança, no céu aqui tão belo.
De mão dada com a memória eu sou
senhor de mil ninhos de esperança ...
PjCondePaulino
Quem pode desfrutar da compensação de olhar o horizonte no cume do monte, sem ter um objectivo prático, senão o poeta?
Ele sabe que é único no seu sonho, naquele lugar sem igual arquitectado por Deus, no atelier da nobreza de carácter entre pinheiros, na fronteira do Chaparral, salpicando a Planície no horizonte saudoso da memória.
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“Avez – vous quelquefois, calme et silencieux,
Monté sur la montagne en présence des cieux? “
De mão dada com a memória, eu sou
senhor de mil ninhos de esperança ...
Olho o voo cadenciado do pintassilgo
perdido entre sorrisos na gargalhada
andorinha de vestido, preto e branco
faz no beiral vermelho, a sua morada.
Pé-ante-pé, quase em silêncio,escuto
filhotes de perdiz na moita em frente
sinfonia,alegria;no cimo do salgueiro
sou senhor de mil ninhos, doravante.
A fisga...que “pinta" de arma no bolso
orgulho de quem sabe viver no campo
sou caçador, entre quimeras vivo solto
qual criança,como águia estou voando.
Ser criança, é ser livre, feliz no ensejo
ontem, hoje, amanhã; que sonho terno
vou ver-vos, meus amigos d`além Tejo
aqui o mar dança, no céu aqui tão belo.
De mão dada com a memória eu sou
senhor de mil ninhos de esperança ...
PjCondePaulino
7 comentários:
Fico completamente rendida à poesia do mê cumpadri...
Lindo...este poema...
Beijos
Cumadrezita,
Rendido fico eu perante o seu bondoso comentário:)
Obrigado.
Beijos
"Ser criança é ser livre". Ser poeta é estar atrelado às suas verdades, ainda que nem sempre os versos as gritem.
O poeta se entrega ao êxtase
Chora a dor que é falsa
Porque sua dor verdadeira
É feita de silêncio
Da cenografia do silêncio.
Belíssimo poema!
Beijo,
Inês
Voltei para dar os devidos créditos aos versos acima. Os mesmos são de Sandrio Cândido, do blog A Alma e a Rosa.
Beijos,
Inês
Dois Rios,
Inês, obrigado pal gentil presença.Fico contente por gostar...
beijos
Pj
Um prazer estas leituras que nos levam ao passado, pelos campos da infância.
Lembranças que o tempo não pode apagar.
Obrigada!
L.B.
Lidia Borges,
Obrigado pla gentil visita. Sim; embora não seja saudosista, adoro revisitar o passado. AS cores e cheiros com sentimento!!!
bjs
Pj
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